Do
esposo de Maria sabemos somente aquilo que nos dizem os evangelistas
Mateus e Lucas, mas é o que basta para colocar esse incomparável "homem
justo" na mais alta cátedra de santidade e de nossa devoção, logo abaixo
da Mãe de Jesus.
Venerado
desde os primeiros séculos no Oriente, seu culto se difundiu no
Ocidente somente no século IX, mas num crescendo não igual ao de outros
santos.
Em
1621, Gregório XV declarou de preceito a festa litúrgica deste dia; Pio
IX elegeu são José padroeiro da Igreja, e os papas sucessivos o
enriqueceram de outros títulos, instituindo uma segunda comemoração no
dia 1º de maio, ligada a seu modesto e nobre ofício de artesão.
O privilégio de ser pai adotivo do Messias constitui o título mais alto concedido a um homem.
O
extraordinário evento da Anunciação e da divina maternidade de Maria -
da qual foi advertido pelo anjo depois da sofrida decisão de repudiar a
esposa - coloca são José sob uma luz de simpatia humana, em razão do
papel de devoto defensos da incolumidade da Virgem Mãe, mistério
prenunciado pelos profestas, mas acima da inteligência humana.
Resolvido o angustiante dilema, José não se questiona.
Cumpre
as prescrições da lei: dirige-se a Belém para rescenseamento, assiste
Maria no parto, acolhe os pastores e os reis Magos com útil
disponibilidade, conduz a salvo Maria e o Menino para subtraí-lo do
sanguinário Herodes, depois volta à laboriosa quietude da casinha de
Nazaré, compartilhando alegrias e dores comuns a todos os pais de família
que deviam ganhar o pão com o suor de sua fronte.
Nós o revemos na ansiosa procura de Jesus, que ele conduz ao templo por ter cumprido os 12 anos de idade.
Enfim,
o Evangelho se despede dele com uma imagem rica de significado, que
coloca mais de um tema para nossa reflexão: Jesus, o filho de Deus, o
Messias esperado, obedece a ele e a Maria, crescendo em sabedoria, idade
e graça.