Celebramos neste mês de dezembro, o Natal do Senhor, isto é,
eu nascimento como Homem no meio dos homens. Como falar de Natal de Jesus, se é
coisa de Deus e Deus ultrapassa toda nossa inteligência e entendimento? O Amor
de Deus revelado a nós por seu filho Jesus nos faz entender alguma coisa, de
acordo com nossa capacidade.
Deus Amor se fez Homem para se comunicar melhor conosco,
tornando-se um de nós, menos no pecado. Deus, em sua Sabedoria e Amor eternos,
criou o mundo maravilhoso e corou a sua criação criando-nos homem e mulher à
sua imagem e semelhança no estado de graça, isto é, amizade com Ele. Mas este
(o homem), em seu orgulho e ambição pecou, querendo ser igual a Deus e não se
submetendo a Ele, perdeu, em sua vida, a graça e voltou-se contra Deus. Sendo
Amor Perfeito, Deus nunca se volta contra sua criatura, pois isto seria
arrepender-se do que fez e Deus não se arrepende do que faz, pois o faz com
amor. O que fez então? Veio em busca do homem, prometendo-lhe um Salvador, pois
este, por si só, não é capaz de voltar, mas precisada graça, da ajuda de Deus.
“Como iríamos a Deus se Deus não tivesse vindo ao homem?” (Santo Irineu de
Leão). Ele, Eterno, Divino, se fez homem na Pessoa do Filho. “O Verbo estava
voltado para Deus, e o Verbo era Deus” (Jo1, 1). “Nele estava a Vida e a Vida
era a Luz dos homens, e a Luz brilha nas trevas” (Jo1, 4-5). “Vindo ao mundo,
ilumina todo homem” (Jo1, 9). “E os que O receberam se tornaram filhos de Deus”
(Jo1, 12).
Antigamente Deus falou aos homens através dos profetas, mas
ultimamente falou-nos através de seu Filho, que nascendo de uma virgem, por
obra do Espírito Santo, armou tenda entre nós, isto é, tornou-se um de nós.
Sendo Deus, Senhor do mundo, se fez pobre, despojou-se de tudo, inclusive da
glória de Deus, sem deixar de O ser, por amor ao homem decaído. Como veio
buscar o homem de volta para Deus, Ele que não tem pecado assumindo o pecado do
homem, pagou sua divida morrendo pregado na cruz. Ele é o Missionário do Pai,
isto é, enviado. Para cumprir esta missão, viveu no meio dos pecadores, a fim
de resgatá-los para Deus (Lc 15,1-15). Cumprindo-a, vivendo o projeto do pai e
ensinando- nos a fazer o mesmo. Terminou sua vida terrena morrendo numa cruz e
ressuscitando continua vivo eternamente.
Celebrar o Natal de Jesus Cristo é permitir que Ele nasça em
nossa vida e a vivamos na intimidade com Ele, não se separando Dele momento
algum. São Paulo nos diz: “Quem nos separará do Amor de Cristo? Tribulação?
Angustia? Perseguição? Fome? Nudez? Perigo? Espada?... Mas, em tudo isto, somos
mais que Vencedores, graças Àquele que nos amou!” (Rom 8, 35-37).
Muitas vezes, o Natal se torna para nós uma festa a mais
para consumo, para bebedeira, troca de presentes e cartões, votos de “Feliz
Natal” que nem sempre brota do coração com sinceridade, mas apenas para cumprir
um rito. Jesus nunca cresce, mas permanece criança que se coloca no presépio
uma vez por ano. Sua Palavra e mensagem não são ouvidas e permanecem do lado de
fora do nosso coração. Jesus não pode ser uma tradição de cada ano, Ele é parte
de nossa História e deve ser ouvido e praticado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário