Inicia-se em setembro um mês carregado da alegria da primavera e, também, um mês no qual nós temos a Bíblia como centro das atenções na Igreja. O mês da Bíblia surgiu em 1971 por ocasião dos cinquenta anos da Arquidiocese de Belo Horizonte, juntamente com o serviço de Animação Bíblica (SAB). Em 1985, com a presença da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Federação Bíblica Católica Latino-Americana e Caribenha (FEBIC-LAC), estendeu-se ao âmbito nacional e a outros países da América Latina.
Neste ano de 2011, a proposta para o mês de setembro é o estudo de alguns capítulos de Êxodo, a saber, Ex15,22-18,27. O tema do mês da Bíblia deste ano é Travessia: passo a passo, o caminho se faz; e o lema, "Aproximai- vos do Senhor"(Ex16,9).
O Êxodo é um dos eventos fundantes de Israel e fundamental para a fé bíblica. É um acontecimento que perpassa a Bíblia e que nos indica, a cada momento, a ação libertadora de Deus em favor de seu povo e a certeza de sua presença constante, nos inúmeros êxodos de nossa vida. Portanto, estudá-lo é retornar às nossas origens, é reafirmar em nosso interior a fé num Deus que escuta o clamor do povo, vê sua aflição e desce para libertá-lo.
Nestes capítulos, nos defrontamos com as dificuldades, as crises e as dúvidas do povo na longa marcha pelo deserto. As primeiras dificuldades são referentes à escassez de recursos básicos, como falta de água e de alimento (Ex16,1-36). As demais são causadas por inimigos externos, como os amalecitas (Ex17,8-15); e por problemas internos, como a centralização do poder (Ex18,13-27). Os estudiosos da Bíblia chamam estes episódios de "tradição do deserto".
Esperamos que você, sua família e a comunidade possam percorrer esse itinerário de fé, abraçando com maior garra esse processo de adesão ao projeto de Deus-Trindade, e assim, enfrentarem criativamente os desafios e, com generosidade e perseverança, serem sementes proféticas de transformação. Se realmente desejamos ser livres, é necessário fundamentar a nossa existência nesse ensinamento. Todos, indiferentes da posição social, somos chamados a beber da mesma água, para construírmos uma sociedade e uma história voltadas para a vida. Só assim teremos a verdadeira liberdade.
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