domingo, 29 de janeiro de 2012

O Individualismo

Hoje confundimos pessoa, indivíduo, personalismo e individualismo. Nossa cultura está marcada pela supremacia do individualismo, em detrimento do altruísmo e do personalismo. O outro, o próximo, o semelhante, o irmão, o diferente, o necessitado são colocados em segundo lugar e até descartados. O individualismo globalizado se expressa na absolutização do ter, do poder e do prazer. Os outros são perdedores, descartáveis, sobrantes, excluídos. Vejamos alguns aspectos do individualismo hoje.

1. A arbitrariedade.
O individualismo se manifesta na arbitrariedade que é uma atitude de poder, de julgamento, de superioridade, de centralidade, de dominação. Quando a arbitrariedade significa desobediência, rebeldia, orgulho, entram em crise valores éticos, religiosos, sociais e a justificação dos interesses pessoais, caem as instituições, a objetividade, o bom senso e o respeito pela verdade.

2. O bem material.
A pessoa individualista desvaloriza o bem comum, a justiça social, a compaixão. O dinheiro, a ambição, a ganância, o lucro é o que interessa. O ter mais vence o ser mais. Cresce a indiferença pelo outro. A competição, a corrupção, a concentração dos bens aumenta a desigualdade social. Quem cai no individualismo, torna-se insensível, cego, escravo de cálculos e ambições. Não se pergunta se os outros estão bem e não se interessa em ser bom para os outros.

3. A satisfação erótica.
O erotismo é filho legítimo do egoísmo individualista, do amor desordenado de si mesmo, do prazer imediato e sem compromisso, que hoje se caracteriza pela orgasmomania e orgasmolatria, balbúrdia sexual. O machismo tem muito de egoísmo e erotismo. Acontece no erotismo a centralização do ego e a subjugação do outro, afirmação de si e a negação do outro. A espiral do erotismo abre as portas ao alcoolismo, às drogas e ao vazio existencial.

4. A legitimação dos desejos.
O consumismo, através da propaganda, trabalha com os desejos. Ora cria desejos, ora os aguça. Somos escravos de desejos desordenados. O mercado excita os desejos das crianças, jovens e adultos e os legitima como felicidade, bem-estar, autorrealização e autoprojeção. Promete mundos maravilhosos, messiânicos, efêmeros e eficazes. A vida é vivida como um espetáculo, uma satisfação de desejos e sensações, e curtições.

5. A imposição dos direitos individuais.
Eu quero, eu sei, eu desejo, eu tenho direito, eu decido, eu mando. É a defesa arbitrária de direitos individuais sem compromisso ético, religioso, jurídico, social. Não podemos ser prisioneiros das modas do momento e ferir a verdade, o bem, a justiça defendendo direitos individuais de modo arbitrário como por exemplo, o aborto, a eutanásia, a clonagem etc. quem quer ser o único produtor de si mesmo acaba degradando-se.

6. A autossuficiência.
Consiste em viver sem Deus, sem mandamentos, sem a família, sem o matrimônio e sem a comunhão com os outros, sem os valores objetivos. É a indiferença pelos outros, pelas instituições, pelas normas, num narcisismo sem limites. O autossuficiente é folgado, agressivo, independente, onipotente com grande risco de tornar-se delinquente.

7. A independência.
O individualismo é egolatria, autonomia, solidão, rebeldia. Os conflitos da independência começam em casa, no namoro, na escola e no estilo de vida liberal, independente, permissivo. A pessoa pautada pela independência, assume atitudes de arrogância, arbitrariedade, indiferença, antipatia e agressividade. Chega a ser antissocial e contestadora das realidades objetivas da vida.

8. O egoísmo.
A centralização de si, o egocentrismo é um dos piores recalques da humanidade. Quando socializado, o egoísmo tem o nome de lucro, sucesso, consumismo, livre escolha. O que vem primeiro são as diversões, a curtição, o imediato, a estética, a dimensão lúdica da vida. O importante é o agora, o espetáculo, as distrações, o corpo.
O egoísmo globalizado gera povos da opulência e povos da indigência, alarga as desigualdades entre ricos e pobres, o império do mercado e a iniquidade social. O egoísmo é o caminho do abismo.

Dom Orlando Brandes

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Conselhos de uma senhora


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Dona Maria era uma senhora de 92 anos, elegante, bem vestida e penteada.
Estava de mudança para uma casa de repouso, pois o marido, com quem vivera 70 anos, havia morrido e ela ficara só...
Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando uma atendente veio dizer que seu quarto estava pronto.
A caminho de sua nova morada, a atendente ia descrevendo o minúsculo quartinho, inclusive as cortinas de chintz florido que enfeitavam a janela.
- Ah, eu adoro essas cortinas - disse ela com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.
- Mas a senhora ainda nem viu seu quarto...
- Nem preciso ver - respondeu ela. Felicidade é algo que você decide por princípio.
- E eu já decidi que vou adorar!
É uma decisão que tomo todo dia quando acordo.
Sabe, eu tenho duas escolhas:
Posso passar o dia inteiro na cama contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem...
ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem. Cada dia é um presente.
E enquanto meus olhos abrirem, vou focalizá-los no novo dia e também nas boas lembranças que eu guardei para esta época da vida.
A velhice é como uma conta bancária: Você só retira daquilo que você guardou.
Portanto, lhe conselho depositar um monte de alegria e felicidade na sua Conta de Lembranças.
E como você vê, eu ainda continuo depositando.
Agora, se me permite, gostaria de lhe dar uma receita.
1. Jogue fora todos os números não essenciais para sua sobrevivência. Isso inclui idade, peso e altura. Deixe o médico se preocupar com eles. Para isso ele é pago
2. De preferência aos amigos alegres. Os "baixo astral" puxam você para baixo.
3. Continue aprendendo. Aprenda mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa. Não deixe seu cérebro desocupado. Uma mente sem uso é a oficina do diabo. E o nome do diabo é Alzheimer.
4. Curta coisas simples.
5. Ria sempre, muito e alto. Ria até perder o fôlego.
6. Lágrimas acontecem. Agüente, sofra e siga em frente. A única pessoa que acompanha você a vida toda é VOCÊ mesmo. Esteja VIVO, enquanto você viver.
7. Esteja sempre rodeado daquilo que você gosta: pode ser família, animais , lembranças, música, plantas, um hobby, o que for. Seu lar é o seu refúgio.
8. Aproveite sua saúde. Se for boa, preserve-a. Se está instável, melhore-a. Se está abaixo desse nível, peça ajuda.
9. Não faça viagens de remorsos. Viaje para o shopping, para cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não faça viagens ao passado.
10. Diga a quem você ama, que você realmente o ama, em todas as oportunidades.
E LEMBRE-SE SEMPRE QUE:
A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego ...de tanto rir ... de surpresa ... de êxtase ... de felicidade!
E o principal: NUNCA SE ESQUEÇA DE DEUS, POIS ELE NUNCA ESQUECEU DE VOCÊ!!!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Quero ser um Televisor


dA professora pediu aos alunos que fizessem uma redação subordinada ao tema:
O que gostaria que Deus fizesse por mim...
À noite, ao corrigir as redações, ela deparou-se com uma que a deixou muito emocionada.
O marido, ao entrar em casa notando-a emocionada pergunta:
"O que aconteceu?"
Ela respondeu:
"Lê".
Era a redação de um menino.
"Senhor, esta noite peço-te algo especial: transforma-me num televisor.
Quero ocupar o lugar dele.
Viver como vive a TV da minha casa.
Ter um lugar especial para mim, e reunir minha família ao meu redor...
Ser levado a sério quando falo...
Quero ser o centro das atenções e ser ouvido sem interrupções e sem perguntas.
Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona.
Ter a companhia do meu pai quando chega a casa, mesmo que esteja cansado.
E que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida.
E que os meus irmãos "briguem" para estar comigo.
Quero sentir que a minha família deixar tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo.
E, por fim, que eu possa divertir todos.
Só quero viver o que vive qualquer televisor!"
Naquele momento, o marido de Ana Maria disse:
"Meu Deus, coitado desse menino. Que descuido o desses pais".
E ela responde-lhe:
"Essa redação é do nosso filho".

sábado, 21 de janeiro de 2012

São Sebastião


Ontem foi comemorado o dia de São Sebastião, que é padroeiro da minha cidade de GUIMARÂNIA-MG.
Está sendo realizada aqui na paróquia a festa em honra à São Sebastião e São Lázaro. Nossa comunidade é bastante animada e a festa está muito boa.
Só para passar um pouco de vontade em vocês vou falar o que tem na festa: bingo, leilão, caldos, pastéis, espetinhos e muito mais...Deu água na boca???Então venham, a festa termina domingo dia 22, dá tempo ainda......

















Agora vou escrever um pouco da história de São Sebastião...

A reprodução do martírio de São Sebastião, amarrado a uma árvore e atravessado por flechas é uma imagem milhares de vezes retratada em quadros, pinturas e esculturas, por artistas de todos os tempos.
Entretanto, nem todos sabem que o destemido Santo não morreu daquela maneira.
O suplício das flechas não lhe tirou a vida, resguardada pela fé em Cristo.
Vejamos como tudo aconteceu.
Sebastião nasceu em Narbônia, na Gália, atual França, mas foi criado por sua mãe em Milão, na Itália, de acordo com os registros de Santo Ambrósio.
Pertencente a uma família cristã, foi batizado ainda pequenino.
Mais tarde, tomou a decisão de engajar-se nas fileiras romanas e chegou a ser considerado um dos oficiais prediletos do imperador Diocleciano.
Contudo, nunca deixou de ser um cristão convicto e protetor ativo dos cristãos.
Ele fazia tudo para ajudar os irmãos na fé, procurando revelar o Deus verdadeiro aos soldados e aos prisioneiros.
Secretamente, Sebastião conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo.
Até mesmo o governador de Roma, Cromácio, e seu filho Tibúrcio foram convertidos por ele.
Em certa ocasião, Sebastião foi denunciado, pois estava contrariando o seu dever de oficial da lei.
Teve então, que comparecer ante ao imperador para dar satisfações sobre o seu procedimento.
O imperador da época era ninguém menos que o sanguinário Diocleciano, que lhe dispensara admiração e confiara nele, esperando vê-lo em destacada posição no seu exército, numa brilhante carreira e por isso considerou-se traído.
Levado à sua presença, Sebastião não negou sua fé.
O imperador lhe deu ainda uma chance para que escolhesse entre sua fé em Cristo e o seu posto no exército romano.
Ele não titubeou, ficou mesmo com Cristo.
A sentença foi imediata: deveria ser amarrado a uma árvore e executado a flechadas.
Após a ordem ser executada, Sebastião foi dado como morto e ali mesmo abandonado, pela mesma guarda pretoriana que antes chefiara.
Entretanto, quando uma senhora cristã foi até o local à noite, pretendendo dar-lhe um túmulo digno encontrou-o vivo!
Levou-o para casa e tratou de suas feridas até vê-lo curado.
Depois, cumprindo o que lhe vinha da alma, ele mesmo se apresentou àquele imperador anunciando o poder de Nosso Senhor Jesus Cristo e censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusando-o de inimigo do Estado.
Perplexo e irado com tamanha ousadia, o sanguinário Diocleciano o entregou à guarda pretoriana após condena-lo, desta vez, ao martírio no Circo.
Sebastião foi executado então com pauladas e boladas de chumbo, sendo açoitado até a morte, no dia 20 de janeiro de 288.
Os algozes cumpriram a ordem e, para evitar a sua veneração, foi jogado numa fossa, de onde a piedosa cristã Santa Luciana o tirou, para sepulta-lo junto de São Pedro e São Paulo.
Posteriormente, em 680, as relíquias foram transportadas solenemente para a Basílica de São Paulo Fora dos Muros, construída pelo imperador Constantino.
Naquela ocasião em Roma a peste vitimava muita gente, mas a terrível epidemia desapareceu na hora daquela transladação.
Em outras ocasiões foi constatado o mesmo fato; em 1575 em Milão, e em 1599 em Lisboa, ambas ficando livres da peste pela intercessão do glorioso mártir São Sebastião No Brasil, diz a tradição, que no dia da festa do padroeiro, em 1565, ocorreu a batalha final que expulsou os franceses que ocupavam a cidade do Rio de Janeiro, quando São Sebastião foi visto de espada na mão entre os portugueses, mamelucos e índios, lutando contra os invasores franceses calvinistas.
Ele é o protetor da Humanidade, contra a fome, a peste e a guerra e é claro do cartão postal do Brasil, a cidade maravilhosa de São Sebastião do Rio de Janeiro.
São Sebastião, rogai por nós!